Leituras (com micro-resenhas) de 2023


Livros

Senhor dos anéis: A sociedade do anel (J. R. R. Tolkien)

Por muitos anos eu deixei passar Tolkien, em parte porque não sou o maior fã de fantasia “medieval” (dragões e etc) do mundo. Em parte porque sempre falavam que o autor era exageradamente detalhista. Em 2023 os livros da trilogia ficaram facilmente acessíveis e aproveitei pra ler. E não é que gostei? Uma jornada realmente épica e cheia de momentos emocionantes. E não é achei chato em nenhum quase nenhum momento. Ok. A parte do Tom Bombadil realmente é meio desnecessária.

Crime e castigo (Fiódor Dostoiévski)

Outro livro clássico que peguei para ler e ficou justificado porque é tão famoso. Uma leitura bem agradável apesar de que no começo estranhei um pouco os nomes dos personagens. Claro que o plot (e isso não é spoiler porque acontece logo no começo do livro) do assassino corroído pela culpa pode até soar ligeiramente batido mas isso só mostra a influência do clássico no imaginário popular. De qualquer maneira é muito bem escrito então a leitura flui muito bem.

O que deve ser feito? (Hans-Hermann Hoppe)

Talvez esse tenha sido o livro mais fraquinho que eu li ano passado. O autor passa mais tempo descrevendo o Estado e seus problemas (o que pra mim não é novidade) do que propondo alguma ação. Então achei que deixou a desejar um pouco em função do que eu esperava dele. Por ser um livro bem curtinho pode valer a pena para quem não conhece muito sobre libertarianismo.

Além da ordem (Jordan Peterson)

Eu realmente gostei bastante do livro anterior do Peterson então fui esperando bastante para esse aqui e fiquei um pouco decepcionado. O livro é uma espécie de continuação do anterior e seus “Regras para a vida” do Jordan Peterson. Mas tanto parece que as “regras” mais interessantes ficaram no livro anterior como o próprio Peterson não faz uma defesa tão interessante de cada uma das regras. Acho que isso se reflete até no tamanho do livro que é consideravelmente mais fino. Parece um livro encomendado com base no sucesso do anterior. Diferente do anterior que eu recomendo esse aqui sugiro só para quem já conhece e aprecia o autor. Aqui ele segue escrevendo de forma clara e até interessante porém menos inspirada.

Led Zeppelin: Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra (Mick Wall)

Biografia bem legal sobre o Led Zeppelin (que até me fez revisitar/re-apreciar o álbum Led II). A biografia é bem completa mas achei que deixou um pouquinho a desejar no final, quando fala sobre a morte do baterista John Bonham. Quando chega nesse momento o livro termina. Por causa disso não sei se é a obra definitiva sobre a carreira do Led (não que eu tenha lido outras :P) mas é muito legal saber mais sobre os bastidores dessa incrível banda.
Fato curioso: Enquanto eu estava lendo essa biografia um amigo estava lendo um livro do mesmo autor falando sobre o Foo Fighters e fez uma postagem bem crítica a respeito no Facebook. Achei um pouco estranho pois eu estava gostando bastante da leitura. Fui pra Wikipédia e descobri que nos últimos anos o autor escreveu inúmeras biografias sobre bandas de rock. Mais de uma em alguns anos. Particularmente esse do Foo Fighters (que eu não li) foi escrita em 2015. Ano que o autor escreveu três livros. Acho que isso explica, em parte, a perda de qualidade. Mas essa do Led me pareceu (sic) bem mais caprichada.

HQs

Agente X: edição especial encadernada (artistas variados, principalmente Gail Simone e Alvin Lee)

Se eu já não gosto muito do Deadpool imagina então uma espécie de clone do Deadpool. E o pior que o Mercenário (taskmaster) ainda é coadjuvante na série e o cara é escrito como se fosse um adolescente. A minha sorte foi que não gastei nada com isso já que ganhei a edição de um amigo que estava querendo passar para frente algumas obras (entendi porque ele quis doar essa :P)

Batman e Juiz Dredd: A charada definitiva (Alan Grant, John Wagner, Carl Critchlow e Dermot Power)

Não que crossovers entre heróis sejam conhecidos por sua qualidade mas esse aqui se puxou também. Batman, Dredd e outros coadjuvantes de outros planetas/universos são puxados para um planeta-arena e o sequestrador deles diz que só o vencedor vai ser levado de volta. A pergunta que surge é: “Por que, de todos os personagens do universo DC, o sequestrado foi o Batman?”; Depois da clássica luta e posterior união entre Batman e Dredd a resposta é que o sequestrador é um inimigo do Batman (que ganhou poderes de forma totalmente “Deus Ex Maquina” só pra existir a história). Vale só como curiosidade.

Demolidor por Frank Miller #2 (Frank Miller)

Acho que esse aqui é o auge desse primeiro run do Frank Miller. Embora a Elektra tenha aparecido no volume anterior é aqui que realmente ela se destaca (inclusive batendo de frente com o Demolidor – sem parecer forçado) mas morre logo em seguida. Como o Demolidor já captura o Mercenário logo na sequência dá pra ler esse volume como se fosse uma história fechada praticamente. E embora o vol 3 tenha a ótima história da roleta russa acho que esse volume aqui é o melhor dos três volumes dessa mini-coleção. Se puder comprar só um compre esse aqui. Leitura essencial para fãs de quadrinhos de super-heróis.

Saga do Demolidor #2 (Ann Nocenti e vários desenhistas)

Aqui nesse volume a Ann Nocenti já parece começar a ficar mais a vontade com o personagem e o nível geral do roteiro melhora em relação ao volume anterior. Infelizmente vários desenhistas passam pelo título e as edições acabam não tendo uma uniformidade. Mas segue sendo uma boa leitura. Na expectativa pelo próximo.

Homem-aranha – História de vida especial (Chip Zdarsky e Mark Bagley)

“Homem-aranha – História de vida” é uma das melhores histórias recentes do Homem-Aranha. E aqui é como se fosse um prólogo mostrando o que aconteceu com o J. J. Jameson nessa linha do tempo (pra quem não sabe a proposta é que os personagens fossem envelhecendo com o passar do tempo “real”). História curtinha mas bacana. Vale a leitura.

Coleção Clássica Marvel (CCM) Homem-Aranha #2 (Stan Lee e Steve Ditko)

Segunda edição da CCM dedicada ao Aranha. As coisas continuam bem divertidas e vários vilões clássicos vão aparecendo como por exemplo, o Lagarto.

Coleção Salvat Homem-aranha, números #32 (Venom Voltou”) e #37 (“Pátria em Chamas”) (por David Michelinie e Todd McFarlane)

Botei em um item só pois a equipe criativa é a mesma. Se “Venom Voltou” é muito divertido achei que o roteiro de “Pátria em Chamas” abaixo da média. Acho que o homem-aranha não combina muito com o tema “intrigas internacionais”.

CCM #8 – Homem de Ferro #1 (Stan Lee, Robert Bernstein, Jack Kirby, Don Heck e outros)

Primeira edição do Homem de Ferro. Tal como nas edições de Thor e Hulk basicamente aqui os vilões alternam entre alienígenas e comunistas. Achei que não envelheceu tão bem. E o traço do Don Heck não me agrada muito, remetendo demasiadamente à era de ouro.

Imortal Hulk #2 à #11 (Al Ewing e Joe Bennett)

Gostei tanto de Imortal Hulk #1 que quando tive a oportunidade peguei todas as outras edições. O nível continua alto até a edição #5 que conclui o plot da “Base Sombra”. Depois o Al Ewing até inicia uma trama que parecia interessante com o Hulk fazendo uma espécie de ultimato em prol da ecologia mas aí começa um plot novo com o alienígena Xemnu que achei chatíssimo. Fiquei esperando pelo menos uma briga interessante entre Xemnu x Hulk x Minotauro mas o final do conflito deixa a desejar. Depois o foco volta pro Líder e “Naquele Abaixo de Todos” e a edição #10 encerra bem esse ciclo satisfatoriamente. A edição #11 reune alguns “one-shots” do Imortal Hulk. Esse último volume (#11) interessante mas não acrescenta muito.

Hulk: Futuro Imperfeito (Peter David e George Perez)

Aqui tenho que fazer uma confissão, eu nunca tinho lido na integra essa mini mas ela era tão referenciada na mensal do Hulk que eu já estava familiarizado. Peter David faz um roteiro bem interessante mas acho que a arte de George Perez consegue se destacar. Essa edição ainda trás a história bem interessante “Hulk: O fim”.

Kamen Rider Black (Shotaro Ishinomori)

Mais uma vez eu tentando ler mangás. E mais uma vez não gostei muito. O roteiro pretensamente sério não combina tão bem com a arte meio “fofinha”. E em algumas cenas, de luta principalmente, eu não conseguia entender muito bem o que estava acontecendo sem reler o trecho inúmeras vezes. Até pelo preço alto (é um volume bem grossinho) não pretendo ler a sequência.

CCM #11 – Quarteto Fantástico #2 (Stan Lee e Jack Kirby)

Segunda edição do Quarteto. De cara o Dr. Destino já retorna e se alia (por pouco tempo) com Namor. E ambos retornam em outros números nesse mesmo volume. Não é perfeito mas segue sendo muito divertido e é fácil compreender porque virou um sucesso.

Vingadores: Sem Rumo #1 e #2 (vários artistas)

Esse aqui eu peguei em uma promoção sem esperar muito. Ainda bem. Porque realmente é uma história bem fraquinha onde se salva, como curiosidade, a interação do Conan com os Vingadores. A vilã é genérica e forçada (saída do nada mas ultra-poderosa) e o final envolvendo muita meta-linguagem até é bacaninha mas não soa muito original também.

Star Wars: Made in UK (Alan Moore, Alan Davis, John Stokes e outros)

Aqui nem todas as histórias são do Alan Moore mas eu peguei principalmente por causa dele. Infelizmente acho que não é o melhor trabalho do bruxo. Basicamente nas suas histórias ele mostra os heróis interagindo com entidades poderosíssimas que não se integram muito ao cânone de Star Wars. Esperava que o Alan Moore explorasse melhor os conceitos de força, Sith, Jedi e/ou os personagens clássicos mas não é bem o que acontece. Edição um pouco acima da média.

Poder Supremo (Michael Straczynski e Gary Frank)

Esse aqui quase conta como uma releitura pois eu já tinha lido quase todas as histórias mas foi bom revisitar esses personagens lendo tudo de uma vez. O material é excelente com o porém que o final desse encadernado é meio aberto. A história teve uma continuação mas não é mostrada aqui. Mas da maneira que o volume fecha dá pra considerar um final sim então acho que não tira o mérito da publicação. Leitura muito recomendada.

Saga do Batman #11 e #14 (Mark Wolfman, George Perez e outros – edição #11, Alan Grant e Norm Breyfogle – edição 14)

O número 11 trás o arco “Um lugar solitário para morrer” onde o Batman tem que lidar com o luto da morte de Jason Todd, o segundo Robin, assassinado pelo Coringa (o fato ocorre em uma edição anterior). Em função disso vemos um Batman cometendo alguns erros e se dando mal. Paralelamente somos apresentados a Tim Drake que viria a ser o terceiro Robin. História bem legal.

O número 14 trás histórias diversas em que nenhuma se destaca mas o nível de todas é muito bom. Acho que esse volume mostra que, pelo menos em termos de super-heróis, o Batman teve um período de ótimas histórias no pós-crise. Até mesmo suas histórias “comuns” são muito legais.

Coleção Histórica Marvel #11: Punho de Ferro (principalmente Chris Claremont e John Byrne)

Esse volume trás o começo do arco “Em busca de Collen Wing”. A personagem em questão é mais bem desenvolvida e o Punho de Ferro também. Pena que, segundo li, a revista original não vendia tão bem e foi cancelada. Por isso alguns elementos que aparecem aqui só seriam concluídos em uma edição da revista Marvel Team-up, estrelada pelo Homem-aranha. Volume divertido que marca o começo da parceria de Chris Claremont e Johh Byrne. Mas não chega no nível dos X-men da dupla.

Era do Apocalipse #5 (artistas váriados)

Peguei esse volume principalmente por conta de uma história da “Geração X” desse mundo. Nela, o grupo – aqui comandado pelo Colossus – vai em busca de uma missão para resgatar Illyana, a irmã de Colossus. A missão não termina bem pra equipe mas a história (publicada originalmente em “Generation Next #4” é muito boa). O volume também trás outras histórias da Era do Apocalipse, que não se destacam muito, exceto a história do “Arma-X” (o Wolverine dessa dimensão). O roteiro dessa história é simples mas Andy Kubert está desenhando muito bem aqui. Ler essa história me fez lembrar de porque eu gostava pra caramba do Wolverine, antes dele virar arroz de festa. A média do volume não é muito boa mas as edições da Geração X e do Wolverine salvam a edição.

Coleção Salvat Clássicos: Thor – Contos de Asgard (Stan Lee e Jack Kirby)

Mais uma confissão: eu não gosto muito das histórias solos do Thor. No máximo acho ele um coadjuvante interessante nas histórias dos Vingadores. Mas aqui parece que Stan Lee e, principalmente, Kirby estavam muito inspirados. As histórias se baseiam levemente na mitologia nórdica/européia (tem até uma história que faz menção à história da Chapeuzinho Vermelho hehe) e os três guerreiros adicionam tanto um toque de humor (o “valente” Volstagg está hilário aqui) quanto de perigo. Se o leitor não se preocupa muito pelo Thor (até por serem histórias passadas cronologicamente antes da estréia do personagem então você tem a certeza que vai acabar tudo bem) a presença dos guerreiros ali, aparentemente bem mais frágeis, adiciona um senso de perigo interessante. Destaque negativo para a colorização moderna das histórias que acho que não combina tanto com o traço do Kirby. Mas ainda assim é uma edição bem interessante.

Coleção Salvat Clássicos: Dr Estranho – Uma terra sem nome, um tempo sem fim (Stan Lee e Steve Ditko)

Para ver que não bastam os autores serem interessantes. O personagem é importante também. Embora a arte de Ditko esteja impressionante e alguns coadjuvantes chamem atenção (destaque para Dormammu e Eternidade) não gostei tanto desse volume. Não sei bem porque mas não consigo gostar muito do Dr Estranho. Então aqui acho que entra um pouco o gosto pessoal de cada um. Particularmente não gostei tanto mas acho que outras pessoas podem ter se agradar mais do que eu.

Coleção Salvat clássicos: Homem-aranha – Grandes Encontros Marvel (Chris Claremont e John Byrne)

Quando criança eu gostava muito das histórias em que o homem-aranha encontrava outros heróis. Bem mais tarde eu fiquei sabendo que muitas dessas histórias vinham principalmente de uma publicação separada lá nos EUA chamada “Marvel Team-up” na qual a maioria das edições eram protagonizadas pelo aranha fazendo dupla com pelo menos mais um herói da Marvel. Gostei bastante de ler, dessa vez em sequência, vários desses encontros.

Salvat “Maiores Heróis da Marvel”: Punho de Ferro (principalmente Ed Brubaker, Matt Fraction e Travel Foreman)

Tinha ouvido falar muito bem desse “run” do Punho de Ferro. Achei uma história legal. Mas nada espetacular. Talvez fique melhor depois pois a história não se encerra totalmente nesse volume.

Salvat “Maiores Heróis da Marvel”: Mulher invisível (John Byrne)

Essa edição faz parte do “run” do John Byrne pelo quarteto. Nunca li tudo dele no quarteto somente partes. Sobre essas histórias eu achei uma leitura acima da média mas não me deu tanta vontade de ler o restante dessa sequência, ao menos por hora. Destaque para a ótima sacana do Byrne de mudar o nome de “Garota Invisível” para “Mulher invisível”. Levou só uns 20 e poucos anos 😛

Batman: As 10 noites da besta (Jim Starlin e Jim Aparo)

Mais uma história bem famosa que eu nunca tinha lido. Aqui o Batman tem que enfrentar um assassino da KGB chamado de KGBesta. Embora eu não consiga levar muito a sério o nome e aparência do vilão aqui ele dá muito trabalho pro Batman que tem que se esforçar muito, física e intelectualmente, para parar a onda de assassinatos do vilão, que aqui consegue matar quase todos os seus alvos. Sim, aqui o preparo do Batman não deu muito certo. A história é boa mas reforça minha impressão que o Starlin é melhor trabalhando temas cósmicos.

Eis o KGBesta com seu visual “inusitado”
Fonte: Guia dos Quadrinhos

Batman: Shaman (Denny O’Neil e Ed Hannigan)

Mais outra história bem famosa do Batman. Embora traga alguns conceitos interessantes e se for pensar em termos de cronologia (com tanta Crise na DC nem sei se essa história é canônica ainda) é uma história bem influente mas não gostei tanto. Nem do roteiro nem da arte.

Justiceiro: Born (Garth Ennis e Darick Robertson)

Justiceiro do Ennis sempre é divertido. E aqui temos o Justiceiro “aprontando altas confusões” no Vietnã. Recomendo para quem gosta do Ennis. Não sei se é a melhor história para começar a ler o Justiceiro, apesar do nome, pois aqui o personagem não está em seu “ambiente natural”, que são as ruas.

Duas Vidas (Fabien Toulmé)

Quase todas as HQs dessa lista são sobre heróis e poderes, uma preferência minha. Exceto essa. Mas foi uma leitura que eu gostei bastante. Basicamente a história fala sobre dois irmãos bem normais mas bem diferentes. Até que em um determinado momento um descobre que está com câncer e por causa disso eles decidem passar mais tempo juntos. Bem tocante.

Saga da Liga da Justiça #1 (vários)

Peguei essa aqui para ver se eu fazia a coleção da Liga da Justiça e essa edição não me empolgou. Achei qualquer coisa. Tanto roteiro como arte.

Superman: Brainiac (Geoff Johns e Gary Frank)

História bem legal mostrando uma outra versão do primeiro confronto entre Super-homem e Brainiac. Bem divertida. Só senti falta do visual pré-crise do Brainiac que pra mim é o definitivo.

X-men 2099 #1 e #2 (John Francis Moore e Ron Lim)

Eu nunca li na integra as edições de X-men 2099 então resolvi pegar duas edições da abril para ler desde o começo. Embora seja interessante achei muito menos legal que as histórias do Aranha 2099.

Silver Surfer – Ultimate Cosmic Experience (Stan Lee e Jack Kirby)

Até onde eu pesquisei essa foi a última parceria entre Stan Lee e Jack Kirby. A história é praticamente um “What if?”. O contexto básico é quase o mesmo: Galactus vem pra Terra trazendo seu arauto junto. Novamente aqui o Surfista fica do lado dos humanos porém aqui a Terra não tem mais nenhum outro super-herói então cabe ao surfista sozinho tentar impedir Galactus. Tanto Kirby quanto Lee estão bem “soltos” na história então dê-lhe lamúria do Surfista. Acho que é uma leitura bem interessante, até por ser o último trabalho da dupla lendária. Mas fica um pouco a impressão de que faltou um pouco de originalidade no argumento da história.

Alan Moore: o mago supremo (Caio Oliveira)

Aqui temos uma bela paródia feita por um brasileiro. Na história o Mago Alan Mooroe (sim, é um Dr Estranho misturado com o Alan Moore) tem que enfrentar outros magos sendo que um deles é o Grant Morrison kk Bem engraçado para quem gosta de quadrinhos e sabe um pouco das tretas por trás das histórias. Indicação do Rock & Quadrinhos Scans. Mais detalhes e download no link.

Releituras

“Batman: Ano Um” (Frank Miller e David Mazzucchelli) e “Dr Estranho e Dr Destino: Triunfo e Tormento” (Roger Stern e Mike Mignola): continuam excelentes histórias. Recomendo muito para quem nunca leu.

Salvat Homem-aranha: De volta ao lar (Michael Straczynski e John Romita Jr): reli para decidir se passava adiante essa edição ou não e resolvi ficar com ela mais um pouco (até porque essa edição acho que todo mundo tem e não seria fácil de vender). Aqui temos o começo da idéia dos poderes totêmicos. Para quem não sabe a idéia que o escritor trás é: será que a aranha que mordeu o homem-aranha era uma aranha que era especial por causa da radioatividade ou será que ela já era capaz de transmitir os poderes (de alguma maneira – não explicada até onde eu li) e morreu devido à radição, logo após picar Peter Parker? Nesse arco também aparece o Morlun pela primeira vez. O personagem parece um pouco forçado. Em um determinado momento, o Aranha pensa “nunca ninguém me acertou com tanta força”: isso vindo de alguém que já brigou com todos os pesos-pesados da Marvel. O seu visual também é meio sem graça. A história acaba sendo uma espécie de releitura do clássico “Nada pode parar o Fanático” de Roger Stern. Mas a trama meio misteriosa e com bons diálogos sobre os poderes totêmicos até que não é de todo ruim. Explicando: acho o conceito em si meio ruim mas foi desenvolvido de forma interessante. Até porque lendo somente esse número fica meio no ar se realmente é verdade ou se é só uma teoria maluca do Ezeckiel (que é um personagem com poderes aracnídeos e que fala sobre os poderes totêmicos para o Peter).

Os melhores

Disso tudo se eu tivesse que escolher os melhores, quais seriam?

Entre os livros com certeza “A sociedade do anel”. Lamento só ter dado uma chance para Tolkien agora.

Entre as HQs inéditas fico um pouco em dúvida entre Demolidor do Frank Miller e Poder Supremo. Mas considerando que Poder Supremo tem um final um pouco abaixo do restante da obra o prêmio vai pro vol. 2 do Demo pelo Frank Miller mesmo.

Publicado por

Vinícius Alves Hax

Professor no IFSul e nerd. Tem interesse em cultura pop, hqs, ficção científica, política, economia e vai escrever por aqui sobre esses temas e outros que forem pertinentes. Para assuntos mais sérios consultar: https://stdio.hax.tec.br

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