Ao infinito e além!

Em termos de ciência a notícia do mês, sem dúvida, foi o pouso bem sucedido do rover Curiosity. No dia 6 de agosto o mundo todo pôde acompanhar em praticamente tempo real (existe um atraso de alguns minutos entre a Terra e Marte) a operação.

A missão é ainda mais difícil do que parece. Além da dificuldade inerente de pousar um objeto de forma autônoma na superfície de outro planeta, a superfície de Marte, rarefeita, complica mais ainda o processo.

O vídeo abaixo (em computação gráfica) retrata como seria o pouso e a sua dificuldade:

Mas o que eu gostaria de falar é sobre o nosso potencial como humanos e nosso potencial individual.

Se nós, como um todo, somos capazes de projetar e executar com sucesso uma missão desse nível de complexidade, será que não podemos também executar outros projetos? Não estou criticando a iniciativa da NASA, que certamente se justifica e irá trazer vários avanços para a ciência, além de ter um custo módico de R$2,5 bilhões [1], o que considerando o nível da proeza não é tanto.

A questão é: conhecemos nosso potencial? E uma vez que conhecemos o nosso potencial, como o estamos utilizando? Será que ao invés de encarar essas perguntas não estamos escondendo a nossa cabeça na areia?

Não precisamos ir à Marte. Mas também não podemos ficar parados. Por que não utilizar essa façanha humana para refletir aonde estamos e aonde queremos chegar?

[1] http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/08/06/jipe-robo-curiosity-da-nasa-pousa-com-sucesso-em-marte.htm